Quando é indicado investir em renda fixa?
O investimento em renda fixa vem ganhando destaque nos últimos tempos, sobretudo devido ao momento de incerteza no mercado financeiro, que motiva os investidores a buscarem proteção e segurança ao seu capital.
Debaixo do grande guarda-chuva da renda fixa, é possível escolher a aplicação que mais se enquadre em seus objetivos, como o Tesouro Direto, as Letras de Câmbio, os CBDs, LCI e LCA. Há opções para todos os gostos e perfis. Independente de qual for sua escolha, o fato é que manter parte do dinheiro aplicado na renda fixa é recomendável para manter a carteira de investimentos sempre rendendo.
Entretanto, nem sempre apostar todas as fichas nessa modalidade pode ser uma boa. Neste post, vamos explicar quando se deve investir em renda fixa.
Por que investir em renda fixa
Um dos principais motivos para se aplicar em renda fixa é a sua rentabilidade, já que existem inúmeras aplicações com rendimentos acima do CDI, o que as torna mais rentáveis do que a poupança, por exemplo. A liquidez diária, comum a muitas aplicações de renda fixa, também é um ponto alto, já que todos os dias há lucros sendo acrescidos à conta.
Outro motivo, que provavelmente é o que mais atrai os investidores, é a segurança oferecida. Muitos dos títulos de renda fixa têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até R$ 250 mil, ou seja, mesmo que o emissor do título vá à falência, o investidor não perde o valor aplicado. Além disso, é fácil comprá-los no preço esperado, pois os títulos são precificados no máximo duas vezes por dia.
A acessibilidade é outro fator que torna os títulos de renda fixa tão almejados, uma vez que é consideravelmente barato começar a investir. Isso faz com que seja uma boa opção para praticamente todos os públicos. Além disso, a flexibilidade também conta muitos pontos, já que há títulos (como o Tesouro Selic) que permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento.
O alto poder de valorização dos títulos ao longo do tempo, sobretudo os do Tesouro Direto, também é um fator que costuma atrair muitos investidores, pois permite que se venda antecipadamente os títulos para obter altos lucros.
A isenção de imposto de renda em várias aplicações, tais como LCI/LCA e debêntures da infraestrutura também é um chamariz, embora nem todos os investimentos em renda fixa sejam isentos de tributos.
Outra grande vantagem é a diversificação, pois, aplicando na renda fixa, é possível investir em várias áreas diferentes, como o setor imobiliário e o do agronegócio, o que acaba ajudando a melhorar o desempenho da carteira de investimentos.
Por fim, uma vantagem que nem todos conhecem é a alavancagem. Em operações no mercado financeiro como o day trade e o mercado futuro, por exemplo, algumas aplicações em renda fixa podem ser usadas como garantia.
Mas, afinal, sempre há vantagens em investir em renda fixa?
Com todos os benefícios listados acima, pode parecer que o investimento em títulos de renda fixa é a salvação para todos os problemas, mas não é bem assim que funciona. Na verdade, a recomendação desse tipo de investimento depende de alguns fatores.
Por exemplo, o sucesso do investimento em renda fixa vai depender de como anda a inflação. Quando se trata de investimentos, é importante se lembrar do conceito de rentabilidade real, ou seja, quanto o investimento rendeu descontada a inflação. Portanto, caso ela esteja em níveis estratosféricos, investir em renda fixa pode acabar fazendo com que o investidor perca dinheiro ou, na melhor das hipóteses, fique no zero a zero.
Depende também de qual é o investimento de renda fixa escolhido. A renda fixa costuma ser uma boa opção em muitos casos, sobretudo para investidores de perfil mais conservador, contanto que o capital seja aplicado em um bom investimento. Se você optar por bons produtos de renda fixa, com baixo custo de administração e boa rentabilidade líquida, não tem erro. O problema é que muitas opções oferecidas nos bancos acabam tendo um custo administrativo muito alto, que prejudica os rendimentos.
A rentabilidade desse tipo de produto geralmente está atrelada à taxa de juros do país (Selic). Com a queda da Selic, em alguns casos, até mesmo o rendimento da poupança passa a ser superior a certos fundos de renda fixa. Acredite, se o investidor tiver uma aplicação em fundo de renda fixa que cobre 1% ao ano ou mais de taxa de administração, ele já está perdendo dinheiro para a poupança. Por isso, é preciso ficar muito atento às taxas cobradas e em como elas influenciam nos retornos obtidos. É importante analisar todas as opções disponíveis e, sempre que possível, buscar novos ares para os investimentos.
Por fim, se a expectativa é obter retornos mais robustos e em menos tempo, e se você está disposto a correr mais riscos para alcançar bons resultados, o ideal é não deixar todo o capital aplicado na renda fixa, e sim apostar na diversificação de investimentos com renda variável, de maneira equilibrada. Esse costuma ser o melhor caminho para uma carteira de investimentos mais saudável.
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