Previdência Privada – Pode ser uma boa hora para começar a pensar nisso
Com a polêmica em torno da Reforma da Previdência, voltou-se a falar muito sobre a Previdência Privada, uma espécie de aplicação a longo prazo desvinculada do INSS, e que é considerada um complemento à previdência pública.
Além do cenário econômico do país e o possível aumento na idade mínima para aposentadoria, outro fator está trazendo a Previdência Privada à pauta: atualmente, existem no mercado hoje métodos mais simples e eficientes para aqueles que pretendem começar a investir. O potencial de crescimento dos planos de Previdência Privada é alto, fazendo com que seja uma excelente opção para aqueles que querem se planejar para o futuro.
Nos planos de Previdência Privada, o contribuinte pode escolher o valor e a periodicidade de sua contribuição e, quando decidir retirar aquele dinheiro, receberá um valor proporcional ao investimento feito ao longo dos anos. Ao contrário do que acontece na previdência pública, em que só é possível retirar o dinheiro no momento da aposentadoria, na Previdência Privada é possível optar pelo resgate a qualquer momento.
Na hora de fazer um plano de Previdência Privada, é preciso atentar para a forma como os impostos são cobrados. Uma das formas de tributação é a tabela regressiva, que é a opção ideal para quem planeja resgatar todo o valor de uma vez só. Outra forma é a tabela progressiva, que favorece quem preferir receber o dinheiro investido em parcelas mensais, como se fosse um salário. No contrato do plano, o regime tributário utilizado deve estar assinalado.
Também é importante saber que há dois tipos de Previdência Privada: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O PGBL é mais indicado para pessoas que possuem rendas mais altas e que fazem a declaração completa do imposto de renda, porque o valor investido pode ser deduzido no Imposto de Renda, desde que esse valor não exceda 12% da renda bruta anual. Já o VGBL é o ideal para quem é isento ou faz a declaração simplificada, porque não pode ser abatido do Imposto de Renda, em contrapartida, no momento do saque é cobrado um imposto referente ao rendimento do valor investido.
Além disso, também é possível escolher se a renda será recebida por um período determinado ou se será vitalícia, e até mesmo determinar que os filhos, marido ou esposa continuem recebendo em caso de morte do contribuinte. Nesse caso, a Previdência Privada funcionaria como uma espécie de seguro de vida.
É necessário prestar atenção às taxas envolvidas nos planos de Previdência Privada antes de assinar um contrato. Geralmente, as empresas que oferecem esse serviço cobram três tipos de taxas: a taxa de carregamento que incide sobre cada contribuição, a taxa de administração anual e a taxa de saída, a ser paga no momento do resgate do dinheiro.
A taxa de administração incide sobre o valor acumulado e varia entre 0,5% a 4% ao ano, enquanto a taxa de saída é de 0,38% sobre o total acumulado, embora algumas empresas optem por não cobrá-la no momento do saque. A taxa de carregamento, por sua vez, é deduzida em cada aporte de dinheiro, e seu percentual depende da operadora, inclusive, há algumas que não realizam essa cobrança. Tudo isso deve ser analisado na hora de optar por fazer um plano de previdência.
Ao contrário do que muitos pensam, a Previdência Privada não é só para a aposentadoria,o aporte de dinheiro pode ser feito para qualquer objetivo de longo prazo, como uma viagem, os estudos dos filhos, a compra de um imóvel… tanto é verdade que não existe idade mínima: até mesmo um bebê pode ter um plano de previdência alimentado pelos pais para garantir seu futuro. Portanto, pode ser um bom momento para considerar a possibilidade de fazer o plano que melhor se adeque às suas necessidades.
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