Infelizmente, ninguém nunca está a salvo de um imprevisto. Mesmo quando há uma reserva financeira, nem sempre ela é suficiente para cobrir gastos emergenciais ou um eventual desemprego, por exemplo. São várias as razões que levam à descapitalização e, nesses casos, o empréstimo pode ser a única solução.
Entretanto, antes de solicitar um empréstimo, é importante conhecer os diferentes tipos disponíveis no mercado, já que as taxas e condições podem variar muito de um para outro, e é preciso ponderar sobre isso antes de fazer sua escolha.
Como este é um tema que gera muitas dúvidas, resolvemos fazer um post inteirinho listando as principais modalidades de crédito disponíveis no mercado e explicando os prós e contras de cada uma. Esperamos que seja útil para você!
Empréstimo pessoal
Esse é o tipo de empréstimo mais comum. O interessado procura a instituição financeira para fazer uma análise de crédito e, depois dessa etapa, o dinheiro é liberado. As principais vantagens são a rapidez na contratação e a disponibilidade, já que é uma modalidade de crédito disponível para qualquer pessoa que não esteja com o nome sujo.
Já a desvantagem em optar pelo empréstimo pessoal são as altas taxas de juros em comparação com outras modalidades.
Empréstimo consignado
O empréstimo consignado é aquele com desconto em folha, em que o valor é descontado diretamente do salário ou pensão do contratante. Nesse caso, a parcela é limitada a até 30% do ordenado de quem solicitou o crédito.
O maior benefício desse tipo de empréstimo são os juros baixos. Como a instituição conta com a garantia do salário ou da aposentadoria para a quitação da dívida, consegue oferecer as menores taxas do mercado.
Em contrapartida, as principais desvantagens são o fato de não estar disponível para qualquer pessoa (o contratante precisa trabalhar em uma empresa conveniada com o banco que oferece o crédito, ou ser aposentado ou pensionista do INSS) e a pouca flexibilidade de pagamento, já que as parcelas são descontadas automaticamente da folha de pagamento.
Empréstimo por penhor
No empréstimo por penhor, o contratante penhora um bem como garantia e, após avaliação, é concedido um crédito no valor do bem cedido. Normalmente, trabalha-se com o penhor de joias e, para reaver o que foi penhorado, é necessário efetuar o pagamento da dívida no prazo estipulado.
A vantagem de apostar nesse tipo de empréstimo é que, como não há análise de crédito, é possível penhorar um bem mesmo com restrições no nome. Por outro lado, os juros e tarifas envolvidos são bem altos, e o não pagamento na data correta pode trazer prejuízos financeiros, já que a propriedade do bem é perdida de forma definitiva.
Antecipação da restituição do Imposto de Renda
A antecipação de restituição do Imposto de Renda para pessoa física também é considerada um tipo de empréstimo. Trata-se de um crédito concedido no valor da restituição que ainda não foi paga. A vantagem aqui é que, como existe a garantia do pagamento, os juros acabam sendo menores do que aqueles cobrados nos empréstimos pessoais.
Entretanto, trata-se de uma modalidade com pouca flexibilidade. Como a quitação da dívida deve ser feita no máximo até dezembro, caso o cliente caia na malha fina ou a restituição caia nos lotes residuais da Receita, ele pode não conseguir honrar com o pagamento. Além disso, o prazo para o pagamento é curto, uma vez que esse tipo de empréstimo segue o calendário de restituições da Receita Federal.
Antecipação do 13º salário
Trata-se de uma linha de crédito no valor do 13º salário do trabalhador. O valor é pago antecipadamente ao contratante e, quando ele receber da empresa no fim do ano, quita a dívida com a instituição que liberou o empréstimo.
A principal vantagem são as taxas de juros menores, pois, tal qual na antecipação da restituição de imposto de renda e no crédito consignado, existe a garantia de que o pagamento será feito. Por outro lado, o principal ponto contra é a pouca flexibilidade, uma vez que a quitação deve ser feita necessariamente nos meses do pagamento do 13º.
Refinanciamento de imóvel
No refinanciamento, o contratante oferece o seu imóvel como garantia do pagamento da dívida. Trata-se de um tipo de empréstimo que oferece juros baixos e prazos longos para a quitação da dívida: em alguns casos, os prazos para pagamento são equivalentes aos da compra de imóveis financiados.
Porém, também existem desvantagens. A primeira delas é a alta burocracia: para contratar essa linha de crédito, é preciso ceder o imóvel como garantia em uma operação de alienação fiduciária. Nessa transação, o bem fica no nome do banco até a quitação da dívida.
Além disso, os custos são altos, pois, além das despesas com a alienação fiduciária, esse processo também envolve a análise jurídica e a avaliação do imóvel, que não são baratas. Trata-se também de uma operação arriscada, já que, se não conseguir quitar o empréstimo por qualquer razão, o cliente não consegue reaver seu imóvel.
Cheque especial
O famigerado cheque especial é um crédito pré-aprovado pelo banco para cobrir o saldo devedor da conta corrente. Não é preciso solicitar esse serviço, pois a contratação é automática: basta a conta entrar no vermelho que o valor do cheque especial entra em cena. Por um lado, isso é bem prático, porque não envolve burocracias. Além disso, trata-se de um tipo de empréstimo flexível, uma vez que o valor contratado é a quantia exata necessária para cobrir o saldo devedor no banco, e que pode ser paga a qualquer momento.
Entretanto, o maior problema do cheque especial são os juros altíssimos, que podem chegar a mais de 300% ao ano. Isso faz dessa modalidade uma das mais arriscadas, porque pode facilmente fugir do controle e tornar a dívida impossível de se pagar. Deve ser usada somente em casos de emergência, quando as demais alternativas tiverem se esgotado.
Rotativo do cartão de crédito
Esse é o crédito concedido quando o valor total da fatura do cartão não é pago e, em lugar disso, efetua-se o pagamento mínimo. Nesses casos, a administradora paga do próprio bolso as despesas aos lojistas e, no mês seguinte, cobra o valor com juros.
A principal vantagem disso é a praticidade, já que basta realizar o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito para contratar. Além disso, é uma modalidade flexível, pois o valor mínimo normalmente é muito inferior ao valor total.
Entretanto, as taxas são ainda mais altas do que as do cheque especial. Os juros do rotativo excedem os 450% ao ano. Por isso, esse é outro tipo de empréstimo que deve ser evitado ao máximo.
Agora que você já conhece as principais modalidades de empréstimo disponíveis no mercado, é mais fácil fazer sua escolha. Lembre-se de, antes de fazer a contratação, pesquisar bastante e sempre optar pela instituição que ofereça as condições mais vantajosas!
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