O financiamento de veículos vale a pena?
Muita gente fica em dúvida sobre o financiamento de automóveis. Afinal, será que é mais vantajoso juntar o dinheiro para comprar à vista ou financiar o valor? Antes de responder a essa pergunta, é necessário analisar as taxas e juros aplicados e fazer as contas para saber se compensa.
Neste post, explicaremos como fazer isso!
Analise as taxas e fuja das armadilhas
É muito comum que as concessionárias de automóveis “escondam” nas entrelinhas todas as taxas embutidas no financiamento. Por isso, é preciso que o comprador esteja ciente que, além dos juros mensais em cima do valor do veículo financiado, existem outras despesas envolvidas.
Se optar por financiar o veículo, saiba que você deverá arcar com os juros informados pela concessionária e com as taxas que estão inclusas, como a Taxa de Abertura de Crédito (TAC), que custeia a investigação feita pelo banco para analisar se é arriscado conceder o crédito ao comprador, e que varia entre R$ 500 e R$ 1.500. Há bancos que abrem mão da cobrança dessa taxa para a liberação do crédito, mas não é regra. Portanto, pesquise.
Uma cobrança que algumas pessoas desconhecem que está envolvida no financiamento de qualquer bem é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No caso de financiamento de automóveis, a alíquota é de 3% ao ano para pessoa física, mais uma taxa de 0,38% de IOF no momento da abertura.
Isso tudo deve ser levado em consideração na hora de decidir ou não pelo financiamento. É importante que, antes de fechar o negócio, você analise minuciosamente o Custo Efetivo Total (CET), a taxa que embute todos os custos do financiamento, para avaliar o quanto você terá que desembolsar a mais, comparado ao preço à vista.
Saiba também que as taxas de juros costumam ser mais elevadas ao financiar um veículo usado em vez de um carro zero quilômetro, portanto, é seu dever pesquisar o melhor custo-benefício. Para ajudar nessa tarefa, é possível lançar mão de uma calculadora de empréstimos e financiamentos para visualizar melhor como os diferentes valores de empréstimos, CETs e termos de contrato influem no preço a ser pago.
Uma armadilha comum nas instituições financeiras é anunciar uma taxa de juros bem competitiva para atrair clientes mas, em contrapartida, cobrar uma TAC altíssima, o que acaba não compensando. Para evitar cair nessa cilada, é interessante consultar o site do Banco Central, que exibe uma pesquisa das taxas de juros para financiamento de veículos nos principais bancos.
Outro fator a se levar em conta é que, caso você tenha alguma restrição SERASA ou no SPC, não será possível obter o crédito. Portanto, resolva essa questão antes de buscar o financiamento.
Avalie os prós e os contras antes de tomar sua decisão
Não existe uma fórmula mágica que defina a melhor decisão a ser tomada. É necessário entender bem como funciona esse tipo de crédito para tomar a decisão mais adequada para sua situação financeira.
O financiamento pode se fazer necessário se a pessoa estiver com muita pressa para comprar ou trocar de carro, por depender do veículo para trabalhar, por exemplo. Nessas situações, não seria viável esperar juntar a quantia necessária para pagar à vista.
Não dá para negar, porém, que se organizar financeiramente e poupar dinheiro para não depender do financiamento é, na maioria dos casos, a melhor opção. Isso permite até mesmo negociar um desconto na concessionária para pagamento à vista, além de garantir o ganho de juros sobre juros durante o processo de poupar e investir.
A inflação e o preço dos automóveis
Para evitar a cobrança de todas as taxas e encargos mostrados acima, é mais interessante investir o dinheiro destinado para a aquisição do automóvel, deixando-o render e permitindo a compra à vista na data de vencimento da aplicação.
Uma dúvida muito comum, entretanto, é se os preços dos veículos vão subir mais do que a inflação, fazendo com que o dinheiro aplicado perca o poder de compra. Em outras palavras: será que a quantia investida será o suficiente para comprar o carro desejado quando os preços subirem?
Felizmente, os dados indicam que sim. Com o aumento da concorrência no setor automobilístico e as constantes inovações tecnológicas nesse segmento, os preços dos automóveis não aumentaram tão significativamente nos últimos tempos, e vários modelos que estão entre os mais vendidos no Brasil ficaram até mais baratos, já que tiveram reajuste de preços menores que a inflação. Portanto, quem poupou dinheiro para comprar um carro à vista se deu muito bem.
Fica aí a dica: se for possível, opte por investir seu capital em alguma aplicação segura ao invés de fazer uma dívida.
Como você pode perceber, para descobrir se vale a pena ou não financiar um automóvel, é necessário conhecer todas as taxas envolvidas e calcular os juros de financiamento, além de analisar o CET para saber qual será o custo total a ser desembolsado, sem pegadinhas.
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