2018/1 – Saiba como foi o primeiro semestre e qual o reflexo dele nos investimentos
2018 tem sido um ano turbulento. Além de ser ano de eleições, o que contribui para um cenário instável, também houve outros problemas como, por exemplo, a greve dos caminhoneiros. Nesse post, vamos fazer um pequeno balanço desse primeiro semestre e explicar qual é o reflexo dele nos investimentos.
Em junho, aconteceu uma disparada na inflação, devido à taxa básica de juros historicamente baixa, aliada à greve dos caminhoneiros, que causou desabastecimento e fizeram os preços dos produtos subirem. Isso tudo, logicamente, causou impacto negativo nos investimentos dos brasileiros. O IPCA de junho será divulgado oficialmente pelo IBGE no dia 6 de julho, e já se sabe que a alta inflacionária acabou corroendo os investimentos.
A greve de proporções nacionais também teve impacto negativo no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Recentemente, o IBGE divulgou um crescimento de apenas 0,4% do PIB no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o quarto trimestre do ano passado. Com esses dados, muitos especialistas passaram a estimar um PIB de cerca de 2% este ano. Para 2019, a projeção dos economistas é de 3%, mas de apenas 2,50% em 2020, 2021 e 2022.
Apesar da expectativa de fechar o mês em alta de 1,26%, o Banco Central manterá a Selic em 6,5% ao ano, por acreditar que os choques nos preços seriam absorvidos nos meses seguintes, já que a lentidão do processo de retomada da economia impede o repasse de altos custos ao consumidor final.
Conforme você pode imaginar, essa combinação de juros baixos e inflação alta acabou prejudicando os investimentos de renda fixa, como a Poupança, os fundos simples e os CDBs de grandes bancos. A Bolsa também teve piora no desempenho, tendo caído 5,20% no último mês.
Apesar dos reflexos negativos sobre os investimentos, sobretudo de pequenos investidores, há um consenso de que a situação deve se normalizar. Dentre os economistas, o principal conselho é não se deixar influenciar somente pelo mês de junho e não alterar os investimentos de forma significativa. A recomendação é a de que o investidor tenha, por garantia, algumas aplicações que garantam ganhos acima da inflação, como os títulos públicos Tesouro IPCA+.
Ainda deve haver oscilações no mercado financeiro, sobretudo por estarmos em ano eleitoral, um momento sempre delicado. Entretanto, em julho essas oscilações devem ser mais suaves, por causa do período de férias.
Outra notícia pertinente em relação à economia é que o mercado financeiro prevê que a Selic, atualmente em 6,50% ao ano, permaneça estável no primeiro semestre de 2019, momento em que o BC daria início a um novo ciclo de alta de juros. A projeção é a de que a Selic suba de 6,50% para 6,75% em junho de 2019. Após essa alta, a taxa passaria para 7% em julho, 7,25% em agosto, 7,50% em setembro, 7,75% em outubro e, finalmente, 8% em novembro de 2019.
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